terça-feira, 13 de maio de 2014

Em time que tá ganhando não se mexe?

“Em time que tá ganhando, não se mexe” é um famoso ditado popular brasileiro, que nos passa a mensagem: pra quê inventar moda com algo que está dando certo? Mas, será que esse ditado se aplica mesmo a qualquer coisa?

Vamos falar sobre casais de novela, ou melhor, sobre as repetições de casais nas atual safra de novelas, e o melhor exemplo ao meu ver para esse assunto é a dupla: Humberto Carrão e Isabelle Drummond.



Humberto e Isabelle tiveram a sua primeira parceria em 2012, em “Cheias de Charme”, com o casal que encantou a todos: Elano e Cida. O sucesso foi tanto, que no ano seguinte, em outra novela das 19 horas a parceria foi repetida, dessa vez em “Sangue Bom”, que não fez o mesmo sucesso da trama de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira, porém é inegável que os personagens Fabinho e Giane foram um dos, se não o maior, destaque positivo da história protagonizada por Amora Campana.

 E agora em 2014, a parceria irá se repetir mais uma vez, em mais uma novela das 19 horas, “Geração Brasil”, como os personagens Davi e Megan, mas, será mesmo que essa repetição é mesmo necessária?

Qualquer um que tenha acompanhado “Cheias de Charme” percebeu que 90% dos atores que participaram da trama das “Empreguetes” estão em “Geração Brasil”, o que não é de se espantar, já que ambas as novelas além de serem da mesma dupla de autores, ainda compartilham da mesma equipe de direção.

É claro que autores e diretores preferem trabalhar com atores e atrizes de sua confiança, mas ultimamente isso está se tornando algo exagerado, e não é exclusividade de Filipe e Izabel, não. Em “Jóia Rara” também vimos uma repetição exaustiva do elenco da bem-sucedida “Cordel Encantado”, em “Amor à Vida” vimos vários nomes que estiveram “O Profeta”, quando esta ainda estava no ar no “Vale A Pena Ver de Novo”.

Bom, mas voltando ao assunto de repetições de casais, será que a repetição pela terceira vez seguida de um casal interpretado por Isabelle Drummond e Humberto Carrão era necessária? Sabemos que a Globo passa por um dos momentos mais críticos de sua história, em termos de audiência de sua programação, e as novelas estão sendo um dos produtos mais afetados por isso, e talvez por isso apostar no que deu certo uma vez, ou duas, no caso de Isabelle e Humberto, seja o caminho mais seguro a se percorrer.

Mas essa dupla de atores não é a única que sofre do mal das repetições, nesse bolo podemos destacar também Sophie Charlotte e Marco Pigossi, que interpretaram o casal Amália e Rafael em “Fina Estampa”, e depois repetiram a parceria em “Sangue Bom” como Amora e Bento. Thiago Rodrigues e Fernanda Vasconcellos também tiveram a sua fase de “eterno casal de novela” após saírem de Malhação onde deram vida à Bernardo em Betina na temporada de 2005, foram logo para o horário nobre, onde representaram Léo e Nanda, um dos destaques da primeira fase da novela “Páginas da Vida”, e alguns anos depois, repetiram a parceria na fracassada “Tempos Modernos”.

Outro casal vindo de “Malhação” que repetiu a parceria mais recentemente foi Rodrigo Simas e Juliana Paiva, na recente “Além do Horizonte”. Porém, o caso deles é o que deixa mais explícito o motivo de toda essa repetição: o medo da rejeição. Juliana começou a novela sendo par romântico de Thiago Rodrigues, mas o casal não deu liga, e por pressão de jovens fãs de “Malhação” os autores juntaram o casal Lili e Marlon, revivendo assim o casal sensação da última temporada de “Malhação”, porém, ao contrário da novelinha teen, onde os seus personagens possuíam histórias e características que combinavam, na novela das sete, o par ficou forçado e tão sem química quanto Lili e William, e o que era a última esperança de salvar a novela de seu fracasso iminente, afundou. E convenhamos, casais sem química estava longe de ser o único problema da trama de Carlos Gregório e Marcos Bernstein.

Bom, “Geração Brasil” ainda nem completou duas semanas no ar, e os personagens Davi e Megan nem tiveram seu primeiro encontro, então é cedo para saber se no final das contas, o rapaz terminará a sua saga nos braços da jovem americana moderninha, ou nos de Manuela (Chandelly Braz), uma menina tão nerd quanto ele.

Fato é que como vimos com “Além do Horizonte”, casal nenhum salva novela de fracasso, se não tiver história boa, não é personagem X ou Y que carregará uma novela sozinho, muito menos um casal, então acho que já está na hora da Globo começar a se desapegar dessas repetições e apostar em novos pares para dar uma repaginada nos elencos de suas novelas, pois se continuar, parecerá com o elenco de “Chapolin”, onde sempre vemos os mesmos atores interpretando personagens diferentes.

E vocês o que acham dessas repetições todas? Deixe a sua opinião!


segunda-feira, 12 de maio de 2014

Bem-vindos!

O “Desconstruindo a TV” é mais um blog que falará sobre tudo o que vemos na televisão, sintam-se em casa para debater ideias, opiniões e seus gostos comigo!